Acabámos de sair de um verão catastrófico em termos de clima: a maior seca dos últimos 500 anos na Europa, a seca da China que não tem paralelo na História, as inundações no Paquistão que ainda alagam um terço de um dos maiores países do mundo e incêndios, fogos e furacões, assolando todos os oceanos e florestas do planeta. Mas a máquina não para.
No primeiro semestre deste ano, os fósseis triplicaram os seus lucros. As petrolíferas lucraram como nunca. E os preços de tudo o que nós precisamos aumentaram dramaticamente (não só as coisas supérfluas, mas mesmo as coisas essenciais, como comida ou transportes). Pagamos nestes preços os lucros das petrolíferas. E ainda nem chegámos ao fundo do poço.
A ameaça do colapso climático faz com que a atual crise seja apenas o começo do que há por vir. Enquanto existir uma indústria fóssil que controla tecnologicamente e politicamente as sociedades, que compra com os seus lucros o processo decisório, o fracasso climático, ultrapassarmos os 1.5ºC e os 2ºC, é uma certeza.
Este ano a COP, cimeira do clima, realiza-se numa estância turística de luxo dentro de uma das ditaduras mais sangrentas do mundo, a do General Sisi, no Egito. O já descredibilizado processo institucional das COPs foi-se esconder do mundo num local onde sociedade civil, internacional e principalmente local, não podem entrar. Milhares de presos políticos egípcios não podem ser escondidos pelo greenwashing internacional à COP-27.
É desta maneira que se garante o fracasso climático, o enterro definitivo das metas climáticas de 1.5ºC. As políticas climáticas atuais, com a aposta em mais gás e carvão perante a crise do custo de vida, têm um espelho perfeito aqui.
Não nos resignaremos ao fracasso climático! Convocamos uma quinzena de ações em Novembro e exigimos políticas climáticas compatíveis com a realidade climática.
Juntas e juntos podemos pressionar por ações para que a mudança aconteça.
Saiba mais informação nos links abaixo:
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